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Em nota publicada na manhã desta quinta-feira (2), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva agradeceu, em nome da família, "todas as manifestações de carinho e solidariedade" recebidas nos dez dias em que a mulher, Marisa Letícia, ficou internada no hospital Sírio Libanês. A ex-primeira dama teve morte cerebral confirmada hoje pelo hospital em boletim médico em virtude das complicações decorrentes de um AVC (acidente vascular cerebral) do tipo hemorrágico.
"A família autorizou os procedimentos preparativos para a doação dos órgãos", informou Lula na nota que foi publicada na página oficial do petista no Facebook.
Minutos após o anúncio da morte cerebral de mulher, Lula trocou sua foto em seu perfil no Facebook para uma em que aparece ao lado dela.
Ontem à noite, o médico que coordena as equipes e que atende a família Lula há quase duas décadas, o cardiologista Roberto Kalil Filho, já havia informado que o quadro de saúde da ex-primeira dama era "irreversível". Lula e os filhos passaram a madrugada no hospital.
A morte cerebral de Marisa Letícia foi confirmada em dois exames: o primeiro, no início da manhã, e o segundo, por volta das 12h45, como estabelece o protocolo para oficialização desse tipo de óbito.
Às 15h30, equipes da OPO (Organização de Procura de Órgãos), ligada à Secretaria de Estado da Saúde, e do hospital Sírio Libanês avaliavam quais órgãos estão em condições de serem transplantados. Após esse procedimento, será verificado na lista única da Central de Transplantes brasileira quais os eventuais receptores aptos a receber os órgãos que possam ser doados.
O velório da ex-primeira dama, que tinha 66 anos e morava com a família em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, será em sua própria cidade, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. O horário, porém, ainda não foi confirmado.
Lula cita "tensão e pressão" enfrentadas pela mulher
Na primeira manifestação pública e presencial sobre o estado de saúde da mulher, na última segunda-feira (30), Lula afirmou a simpatizantes, em São Paulo, que "a pressão e a tensão fazem as pessoas chegarem ao ponto que a Marisa chegou".
"Eu acho que a pressão e a tensão fazem as pessoas chegarem ao ponto que a Marisa chegou. Mas isso não vai fazer eu ficar chorando pelos cantos. Vai ficar apenas batendo na minha cabeça, como mais uma razão para que a luta continue", afirmou Lula a representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens. As informações são do Instituto Lula, onde ocorreu o encontro, no bairro do Ipiranga (zona sul de São Paulo).
De acordo com o instituto, cerca de 100 pessoas do movimento, de diferentes Estados, prestaram solidariedade ao ex-presidente e levaram flores a Marisa Letícia. O grupo estava em São Paulo para participar do 7º Encontro Nacional do MAB, que reúne militantes de 19 unidades da federação. Lula recebeu flores e uma carta escrita pelas mulheres do movimento, além de um tecido bordado artesanalmente confeccionado por chilenas sobreviventes da ditadura militar no país vizinho.
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