Folha de S.Paulo - Mercado - Segunda maior cidade do Maranhão atrai fábrica que custa 3 vezes o seu PIB - 02/09/2012
TATIANA FREITAS
ENVIADA ESPECIAL A IMPERATRIZ (MA)
Aos 160 anos, a cidade de Imperatriz --a segunda maior do Maranhão-- receberá sua primeira grande indústria.
No quarto trimestre de 2013, a Suzano Papel e Celulose inaugura no município uma fábrica que vai praticamente dobrar o seu tamanho.
TATIANA FREITAS
ENVIADA ESPECIAL A IMPERATRIZ (MA)
Aos 160 anos, a cidade de Imperatriz --a segunda maior do Maranhão-- receberá sua primeira grande indústria.
No quarto trimestre de 2013, a Suzano Papel e Celulose inaugura no município uma fábrica que vai praticamente dobrar o seu tamanho.
Hoje, a Suzano tem capacidade para produzir 1,9 milhão de toneladas de celulose por ano. A nova unidade, sozinha, fabricará 1,5 milhão.
"É o maior projeto do setor em construção no mundo", diz Ernesto Pousada, diretor de operações da Suzano. A unidade Eldorado, que é erguida pela J&F em Goiás, tem a mesma capacidade.
Para um projeto gigantesco, cifras elevadas. A Suzano investe R$ 5,8 bilhões em Imperatriz --quase três vezes o PIB do município, de R$ 2 bilhões em 2009, segundo os dados mais recentes do IBGE.
Localização favorece Imperatriz, mas logística é precária
Com a Suzano, a cidade atrai outros investimentos. Pelo menos três multinacionais fornecedoras da companhia se instalarão na cidade.
No ano que vem, a finlandesa Metso, responsável pelo projeto de engenharia, abrirá uma unidade para manutenção e assistência técnica da fábrica de celulose.
A Eka Chemicals, braço da holandesa AkzoNobel, investirá R$ 179 milhões numa unidade de produtos químicos. Também do setor químico, a francesa Air Liquide monta uma unidade de produção de gases em Imperatriz, com aporte de R$ 128 milhões. Metade da produção vai para a Suzano.
Os outros 50% serão vendidos a indústrias de outros setores e à área médica.
"Teremos excedente para atender a demanda do Norte e Nordeste, que estão crescendo muito e são carentes de produtores locais", diz Marcelo Fioranelli, diretor-geral da Air Liquide.
O prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, diz que o empreendimento também movimenta a construção civil e serviços. "Vinte e seis prédios estão em construção na cidade."
Neste mês, um shopping com 180 lojas será inaugurado. Em 2013, sete cursos de ensino superior serão abertos.
CAPACITAÇÃO
Cerca de 600 quilômetros distante da capital São Luís, Imperatriz cresceu lentamente após a construção da rodovia Belém-Brasília, em 1958.
Entre Belém, Brasília, Palmas e São Luís, Imperatriz se desenvolveu como entroncamento comercial. O resultado é uma economia concentrada em serviços, responsável por 75% do PIB.
Sem histórico de atividade industrial, faltou mão de obra especializada para a Suzano.
Para formar profissionais, a empresa patrocina cursos no Senai nas áreas de construção civil, montagem industrial e serviços. Mais de 4.500 pessoas já foram treinadas e, dessas, 3.000 foram contratadas para trabalhar na obra ou por outras empresas da região.
Para a operação, a companhia montou um curso técnico em celulose em parceria com o Instituto Federal do Maranhão. De 226 formandos, 116 estão sendo treinados em outras unidades da Suzano. No final de 2013, estarão aptos a operar sozinhos as máquinas de Imperatriz.
A repórter TATIANA FREITAS viajou a Imperatriz a convite da Suzano.
"É o maior projeto do setor em construção no mundo", diz Ernesto Pousada, diretor de operações da Suzano. A unidade Eldorado, que é erguida pela J&F em Goiás, tem a mesma capacidade.
Para um projeto gigantesco, cifras elevadas. A Suzano investe R$ 5,8 bilhões em Imperatriz --quase três vezes o PIB do município, de R$ 2 bilhões em 2009, segundo os dados mais recentes do IBGE.
Localização favorece Imperatriz, mas logística é precária
Com a Suzano, a cidade atrai outros investimentos. Pelo menos três multinacionais fornecedoras da companhia se instalarão na cidade.
No ano que vem, a finlandesa Metso, responsável pelo projeto de engenharia, abrirá uma unidade para manutenção e assistência técnica da fábrica de celulose.
A Eka Chemicals, braço da holandesa AkzoNobel, investirá R$ 179 milhões numa unidade de produtos químicos. Também do setor químico, a francesa Air Liquide monta uma unidade de produção de gases em Imperatriz, com aporte de R$ 128 milhões. Metade da produção vai para a Suzano.
Os outros 50% serão vendidos a indústrias de outros setores e à área médica.
"Teremos excedente para atender a demanda do Norte e Nordeste, que estão crescendo muito e são carentes de produtores locais", diz Marcelo Fioranelli, diretor-geral da Air Liquide.
O prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, diz que o empreendimento também movimenta a construção civil e serviços. "Vinte e seis prédios estão em construção na cidade."
Neste mês, um shopping com 180 lojas será inaugurado. Em 2013, sete cursos de ensino superior serão abertos.
CAPACITAÇÃO
Cerca de 600 quilômetros distante da capital São Luís, Imperatriz cresceu lentamente após a construção da rodovia Belém-Brasília, em 1958.
Entre Belém, Brasília, Palmas e São Luís, Imperatriz se desenvolveu como entroncamento comercial. O resultado é uma economia concentrada em serviços, responsável por 75% do PIB.
Sem histórico de atividade industrial, faltou mão de obra especializada para a Suzano.
Para formar profissionais, a empresa patrocina cursos no Senai nas áreas de construção civil, montagem industrial e serviços. Mais de 4.500 pessoas já foram treinadas e, dessas, 3.000 foram contratadas para trabalhar na obra ou por outras empresas da região.
Para a operação, a companhia montou um curso técnico em celulose em parceria com o Instituto Federal do Maranhão. De 226 formandos, 116 estão sendo treinados em outras unidades da Suzano. No final de 2013, estarão aptos a operar sozinhos as máquinas de Imperatriz.
A repórter TATIANA FREITAS viajou a Imperatriz a convite da Suzano.
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