Leio na sempre bem informada blogueira Franssinete Florenzano que, "Retido em uma reunião em seu gabinete no Comando Geral da PM, o governador Simão Jatene não conseguiu fazer o lançamento do Plano de Mineração do Pará, marcado para as 19h, ontem. O vice-governador Helenilson Pontes, que estava em um evento na Associação Nipo-Brasileira, antecipou sua palestra e correu para o Complexo São José Liberto, onde secretários de Estado, representantes dos Estados de Goiás e Amazonas e empresários esperaram pacientemente, embalados pela música de estudantes da Fundação Carlos Gomes".
Se o desempenho permitisse otimismos poder-se ia dizer, agora vai. O governador arregaçou as mangas e foi pra dentro do Comando Geral debelar o clima de guerra que varre o Pará, com mais de uma centena de mortes em apenas dois meses, segundo o noticiário setorizado. Certamente, não é o caso. Trata-se, isto sim, de homiziar-se em local inacessível à população, ao funcionalismo rebelado em razão do péssimo tratamento recebido da atual administração, logo, forma de evitar ao máximo que seja confundido com um homem público.
Daí evento tão importante como o lançamento de um Plano de Mineração do Pará, contando com a presença de autoridades e empresários de outros estados, mesmo mal se sabendo de que trata o tal plano, lançado a oito meses do final do governo, ser realizado no Polo Joalheiro dando a entender que essa saltitância lorótica obedece sua incontornável inapetência administrativa, fazendo desse insólito nomadismo a cortina de fumaça que encobre sua proverbial preguiça, da qual falava até com certa frequência o finado ex-governador tucano Almir Gabriel.
Assim, sem uma residência oficial que abrigue o titular do Poder Executivo e sem uma sede que abrigue a rotina de trabalho do governante, assistimos esses volteios em torno do incerto e com uma única certeza: a população gostaria de ter, ou gostará de ter, para breve, um governante pra chamar de seu. Ao que tudo indica, desde que não seja esse.
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