O jornal Folha de São Paulo, publicou
hoje um texto, de pura lamentação por seu candidato José Serra, estar
morto políticamente..... Leia a baixo...
.....Serra tem dito a
aliados que vê "digitais mineiras" no lançamento do livro "A Privataria
Tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que ataca Serra e seus
familiares.
Diante de tal grau
de acirramento, Serra e Aécio têm evitado se encontrar. Estiveram em
horários diferentes no Congresso da Juventude do partido em Goiânia, há
algumas semanas. Aécio não foi à última reunião da Executiva do PSDB, na
qual houve um desagravo a Serra por conta do livro de Ribeiro Jr.
Para José Serra, a campanha
presidencial de 2014 começou na noite de 31 de outubro de 2010, quando,
no discurso em que admitiu sua derrota para a presidente Dilma Rousseff,
despediu-se dizendo que voltaria em breve. "A luta continua", previu.
Talvez não imaginasse que ela se
iniciaria imediatamente e se daria sobretudo no front interno de seu
partido, o PSDB. Hoje, ele resiste à pressão tucana para se candidatar a
prefeito de São Paulo no ano que vem, algo que vê como um golpe contra
suas ambições presidenciais.
Ele calcula que, se for eleito
prefeito, terá dificuldade em deixar o cargo um ano depois, como fez em
2006. Se perder, será o fim de sua carreira, ponderam aliados.
Com 43,6 milhões de votos no
segundo turno de 2010, Serra viu nesse capital o ponto de largada para
pleitear nova chance em 2014. Mas foi pego de surpresa pela rapidez com
que seu espaço no PSDB se estreitou neste ano.
De cara, Geraldo Alckmin, seu
sucessor no governo de São Paulo, promoveu um desmonte de áreas
estratégicas de sua gestão e ocupou espaços na máquina partidária local,
de modo a escanteá-lo.
Alckmin recusou pedidos diretos
de Serra para manter secretários como Paulo Renato (Educação), morto em
junho, e Mauro Ricardo (Fazenda). O governador alojou pessoas de sua
confiança nos diretórios do PSDB e forçou vereadores que eram seus
desafetos a deixar o partido.
Após esse primeiro embate, Serra
enfrentou o momento mais agudo de crise partidária em maio, quando o
presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), e o senador Aécio Neves, seu
oponente na disputa pela candidatura presidencial em 2014, se aliaram
para dominar a cúpula do partido.
Diante da evidência de que
aliados de Aécio seriam colocados nos principais postos da Executiva,
Serra pleiteou a presidência do Instituto Teotônio Vilela, mas foi
vetado por Aécio e Guerra, que deram a vaga a Tasso Jereissati.
A Serra coube a presidência do
novo Conselho Político do partido, instância de caráter não deliberativo
que fez apenas três reuniões em 2011.
Isolado, o ex-governador lançou
uma estratégia para ter canais próprios para manifestar suas ideias e se
comunicar com os filiados tucanos. Lançou um site, estreou uma coluna
quinzenal no jornal "O Estado de S. Paulo" e passou a percorrer os
Estados de forma autônoma para reuniões partidárias.
Paralelamente, os embates com o
grupo aecista continuaram e chegaram perto de um rompimento neste fim de
ano. Serra tem dito a aliados que vê "digitais mineiras" no lançamento
do livro "A Privataria Tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que
ataca Serra e seus familiares.
Diante de tal grau de
acirramento, Serra e Aécio têm evitado se encontrar. Estiveram em
horários diferentes no Congresso da Juventude do partido em Goiânia, há
algumas semanas. Aécio não foi à última reunião da Executiva do PSDB, na
qual houve um desagravo a Serra por conta do livro de Ribeiro Jr.
Serra critica a forma como a
sucessão foi antecipada, com a criação de uma estrutura de comunicação
para tornar Aécio mais conhecido.
Aliados seus, como o senador
Aloysio Nunes Ferreira (SP), protestaram contra a tentativa de isolar
Serra -que foi excluído da propaganda partidária em São Paulo e depois
enfrentou uma queda de braço pelo conteúdo de seu discurso no programa
nacional de TV dos tucanos.
TRUNFOS E OBSTÁCULOS
Em 2012, o desafio de Serra será resistir à pressão de Alckmin e de Gilberto Kassab para concorrer a prefeito.
Além disso, terá de se articular
para quebrar a força aecista na cúpula tucana. "O Serra terá chances
caso o Aécio não consiga se firmar, nem dizer a que veio", diz um tucano
simpático ao mineiro. "Em 2011 ele se fortaleceu internamente, mas foi
nulo no Senado e não se mostrou capaz de liderar a oposição".
No QG do senador, o risco de que
ele não "decole" é tratado com preocupação. Apesar do lastro que obteve
na máquina, Aécio não fez nenhum discurso marcante -mesmo quando
anunciou com estardalhaço que o faria-, não lançou uma marca forte -a
que tentou, da regulamentação das medidas provisórias, naufragou- e foi
tímido nos ataques a Dilma.
Partidários de Serra acham que a
consistência na crítica a Dilma e o recall de duas eleições
presidenciais são ativos que podem fazer a balança pender em favor do
paulista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário