Nas redes sociais notava-se claro desânimo dos militantes do partido Rede com a rendição de Marina ao caciquismo de Eduardo Campos.
Um pessoal da Rede ainda tentaram fazer um twitaço no sábado e outro no domingo para pedir Marina cabeça da chapa, pedindo para Campos ceder. Alegavam que se o objetivo era um governo programático não havia motivo para Campos impor seu nome, já que Marinha teve o dobro de intenções de votos no último Datafolha e, por isso, estaria mais credenciada para tornar o suposto projeto vitorioso. Sobrou a decepção de ver que o PSB tem dono e Marina sabia disso e aceitou quando entrou no PSB.
O evento também não empolgou três governadores do PSB, que não foram à Brasília. Renato Casagrande, do Espírito Santo, e Camilo Capiberibe, do Amapá, preferiram cuidar de suas próprias reeleições, preservando alianças que já mantém com o PT em seus estados.
Mais estranho foi o governador de Pernambuco João Lyra (PSB), que foi vice de Campos durante 7 anos até ele se desincompatibilizar. Lyra queria o apoio de Campos para candidatar-se a governador, mudando até de partido, do PDT para o PSB. Foi preterido, ficando sem espaço no PSB. Agora preferiu acompanhar a visita da presidenta Dilma a Pernambuco o dia inteiro. Em seu discurso elogiou e agradeceu muito a presidenta e não citou o nome do ex-governador. Se estivesse com uma relação mais amigável com Campos, poderia ter acompanhado Dilma até o meio da tarde, e seguir para Brasília depois.
Também foi estranho a escolha de um auditório pequeno, onde sobraram caciques partidários, mas faltou povo.
Campos repetiu discurso raivoso de José Serra em 2010
Campos decaiu tanto depois que traiu Lula e o povo lulista, que seu discurso imitou o discurso de José Serra (PSDB-SP) em 2010 quando também lançou a pré-candidatura.
Repetiu a mesma ladainha de que o PT não pode governar o Brasil, de que o PT ao dar maior atenção à superação da pobreza divide o país (o que não é verdade. É justamente o contrário, pois ao elevar as pessoas pobres para a classe média, reduz as tensões e conflitos sociais).
Quem tenta dividir a nação são os reacionários a quem Campos se aliou e se incomodam com pobres andando de avião ao lado deles, comprando carro e andando na rua na frente deles, a empregada comprando o mesmo perfume que a madame usa, a filha do pedreiro entrando na Universidade que antes só os ricos frequentavam.
Talvez seja Bornhausen o inspirador do discurso de ódio ao PT, em 2010 proferido por Serra, hoje por Campos.
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