Tucanos que estão suando a camisa - e como! - em busca da melhor solução possível para definir o candidato ao Senado que será apoiado pela coligação encabeçada pelo PSDB garantem que o governador Simão Jatene nunca antes, jamais, em tempo algum declarou que o vice-governador Helenilson Pontes seria o seu nome preferido, em detrimento do atual senador Mário Couto, candidato natural à reeleição.
Ao contestar a postagem intitulada Mário Couto disposto a chutar o pau da barraca, fontes tucanas, ouvidas pelo Espaço Aberto, garantem que, ao contrário do que tem sido propagado, Jatene tem procurado encontrar uma solução para compor o maior número possível de partidos aliados no mesmo palanque, o que é natural nesse momento de negociações, sem descontentar ninguém.
Os tucanos reconhecem que a situação é delicada e exige um exercício diário de negociações que se tornam mais difíceis ainda porque envolvem questões regionais e estratégicas.
Jatene, asseguram alguns tucanos, sempre entendeu as razões de Mário Couto de querer ser o candidato, o que é natural. Mas ponderam, em contrapartida, que o senador precisa entender que a chapa precisa de outros partidos para compor. Isso porque o PSDB não pode participar da disputa sozinho, sem oferecer nada em troca.
Lembram os tucanos que em outros estados, como na Paraíba e em Goiás, o PSDB abriu mão da reeleição dos senadores para composições regionais. E tudo com as bênçãos do pré-candidato a presidente da República, senador Aécio Neves.
A propósito - e isso é fato -, na eleição passada, num período com este, Mário Couto se lançou candidato a governador para enfrentar Jatene, naquela altura franco favorito para vencer a petista Ana Júlia, como acabou acontecendo depois. "E tudo foi resolvido depois de muita negociação. Era isso que o governador estava procurando encontrar agora: uma solução", afirma tucano ouvido pelo blog.
Baixo calão
Sobre a reunião que a postagem mencionada classificou de tensa, as fontes tucanas avançaram bem mais na avaliação. "Foi demais", resumiu circunstante que ouviu, segundo afirma, coisas assustadoras, como expressões de baixo calão que o senador teria proferido em tom intimidatório e ameaçador na reunião, forçando Jatene a se retirar antes do previsto, conforme informou o blog.
A atitude do governador, conforme explicou o circunstante ao Espaço Aberto, configurou "uma atitude de grandeza para evitar o pior", num momento em que todos procuravam avaliar alternativas que contemplassem a preservação do espaço desejado pelo senador Mário Couto e pelo PSDB, assim como as possibilidades de composição com outros partidos e pré-candidatos da base aliada.
Segundo fontes ouvida pelo blog, só restou aos que ficaram no local da reunião os fatos que justificaram o seu fim precipitado. "Com certeza o governador Simão Jatene não deve ter gostado nem um pouco do que viu e ouviu. Se o nobre senador colocar a mão na consciência, com certeza vai se condenar também pelo que fez", conclui o circunstante tucano.
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