Jornalistas de uma das maiores redações do Norte param em greve histórica contra Senador.

Jornalistas de uma das maiores redações do Norte param em greve histórica

Trabalhadores do Diário do Pará, grupo de Jader Barbalho, reivindicam o estabelecimento de um piso salarial mais justo, implantação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração e pagamento de hora-extra, entre outros direitos
Eu poderia comentar essa notícia com muito orgulho, pela capacidade e força de mobilização dos meus colegas. Mas confesso que, apesar delas, no fundo, sinto é tristeza e revolta de ver que um grupo de comunicação de posse de um senador da República precisa chegar ao extremo de uma greve para reconhecer direitos básicos de trabalhadores, como o pagamento do piso salarial.
Nós, jornalistas, quase nunca somos notícia. E quando a somos, é porque fomos vítimas de nossas pautas: agressões em protestos, traficantes que nos descobriram numa cobertura, político que mandou nos executar por vingança de uma denúncia. Nossas dores diárias nunca são notícia. A sociedade não imagina que por trás do glamour do jornalismo, somos mal pagos, contratados de forma precária, não temos plano de carreira e, raras vezes, temos plano de saúde e ganhamos adicionais noturno ou de periculosidade.
Muito corajosa a luta que os colegas de Belém estão travando na campanha Jornalista Vale Mais, iniciada pelo Sindicato dos Jornalistas do Pará (SINJOR), e que no último mês realizou atos em frente a redações de jornais e emissoras de televisão. Já há demitidos no Diário do Pará em retaliação ao movimento, mas eles seguem firmes e chegaram hoje à paralisação.
É isso aí, galera! Parabéns pela coragem de lutar por vocês e por toda uma categoria que, historicamente, aguentou calada tantas dores. 

Informações oficiais sobre a greve podem ser encontradas na fanpage do movimento: https://www.facebook.com/grevediarioedol

Carta aberta à direção do grupo RBA de Comunicação
Nós, jornalistas do Diário do Pará e do Diário Online (DOL), com o apoio do Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor), declaramos à direção do grupo RBA de Comunicação que estamos em franca campanha por melhores condições de trabalho, remuneração, pelo fim da superexploração da nossa mão de obra, da intimidação e assédio moral que enfrentamos diariamente. Exigimos a abertura imediata das negociações entre a direção desta empresa e seus trabalhadores para a avaliação da nossa pauta de reivindicações, anexa a esta carta. Também exigimos a imediata interrupção dos processos de demissão em curso e todo tipo de retaliação a funcionários que se manifestam a favor de melhores condições trabalhistas.
Informamos aos diretores desta empresa e a todos os colegas jornalistas, de todos os veículos de comunicação do Pará e do Brasil, que não ficaremos mais calados diante de todas as atrocidades que enfrentamos para realizar nosso trabalho. Nenhum de nós se conformará com um salário líquido que não chega a mil reais, com as frequentes horas extras nunca pagas, com cadeiras e computadores sucateados, que prejudicam nossa saúde com cada vez mais gravidade, com a falta até mesmo de água potável na copa e de papel higiênico nos banheiros.
Nenhum de nós reproduzirá novamente o discurso de que “é normal o jornalista trabalhar muito e ganhar pouco”. Uma miséria, na realidade. Não é normal! Não deixaremos mais que nosso sofrimento como trabalhadores seja ocultado por todos os prêmios conquistados a duras penas e que fazem o Diário do Pará se autointitular como “o jornal mais premiado do mundo”. Estamos aqui para denunciar que essas conquistas se devem ao suor de homens e mulheres que sequer ganham o bastante para se alimentar com decência todos os dias do mês. Tampouco deixaremos que a ameaça de demissão e o assédio moral voltem a calar qualquer um de nós.
Com o Sindicato dos Jornalistas do Estado do Pará (Sinjor) em nossa retaguarda, denunciaremos toda tentativa de desrespeito à nossa dignidade como seres humanos e trabalhadores. Defenderemos aguerridamente todas as reivindicações contidas em nossa pauta e não arrefeceremos nem nos intimidaremos até que haja uma negociação efetiva entre a direção desta empresa e seus funcionários, com ganhos reais para nossa categoria. Usaremos de todos os instrumentos trabalhistas, políticos e jurídicos para que nossa causa nunca mais volte a ser ignorada.
À sociedade em geral, que diariamente consome a informação que nós produzimos, reafirmamos o compromisso com a qualidade do nosso trabalho, porque entendemos que a informação séria, produzida com responsabilidade, é a base para a sociedade democrática que todos desejamos construir. Conclamamos a todos os colegas de profissão, trabalhadores, estudantes, movimentos sociais e sindicais para que nos ajudem a ampliar nossa voz diante de todas as mazelas aqui expostas. Queremos que a família Barbalho entenda que o compromisso com a informação de qualidade não pode ser menosprezado e, com isso, se disponha a garantir um mínimo de condições decentes para que seus funcionários cumpram com sua função social de informar bem a nossa população.
Pauta de reivindicações dos jornalistas do Diário do Pará e do Diário Online (DOL)
1 – Piso salarial de R$ 1.908,25 para todos os jornalistas que trabalham no jornal Diário do Pará e no Diário Online, lotados nas funções de Repórter, Repórter Fotográfico, Produtor, Webjornalista, Diagramador, Ilustrador e Multimídia. Com progressão a cada ano de trabalho efetivo, partindo da categoria A à categoria C.

2 – Queremos o estabelecimento de um Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), com estabelecimento de categorias A, B e C para todas as funções referidas no item anterior.


3 – Incluir editores do Diário do Pará e coordenadores do Diário Online no Acordo Coletivo 2013, estabelecendo piso salarial para tais categorias com acréscimo de 40% sobre o piso salarial de repórter.


4 – Instituir o tíquete-alimentação de R$ 253,25. Esta é a estimativa da cesta básica deste ano feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – Dieese.


5 – Reintegração ao quadro de funcionários da empresa do repórter Leonardo Fernandes, lotado no caderno Você do jornal Diário do Pará. Esta comissão de jornalistas considera que a demissão do funcionário é uma clara retaliação a nossa iniciativa de reivindicar melhorias salariais e em nossas condições de trabalho.


6 – Propomos uma avaliação dos dados do quadro funcional do Diário do Para e do Diário Online nos últimos 12 meses para saber se foram feitas todas as reposições dos postos de trabalho ou se está havendo sobrecarga de atividades aos jornalistas e estagiários que trabalham na empresa.


7 – Manifestamos nosso desejo de que seja incluído no acordo coletivo o início de uma discussão com a direção do jornal para a construção de uma proposta de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) como forma de recompensa pela nossa participação nos lucros da empresa.


8 – Também queremos que a empresa reinstitua o pagamento de biênio em percentuais de reajuste que diferenciam o salário dos novatos para os mais experientes que o Diário do Pará já pagou para seus funcionários como política de incentivo.


9 – Propomos a participação dos funcionários na implantação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) que será implantado no grupo RBA.

10 – Igualar as remunerações de quem trabalha no interior do Estado com quem trabalha em Belém.

11 – Equipamentos de segurança para todos os jornalistas que fazem cobertura policial, incluindo os que cobrem somente em escalas.

Trabalhadores do Diário do Pará e Diário Online (DOL)
Belém, Pará, 18 de setembro de 2013

Quando foi os Tucanos, A Veja aplaudiu.



Revista da Editora Abril afirma que "o milagre veio de Cuba" numa reportagem de outubro de 1999, quando o presidente era Fernando Henrique Cardoso e o ministro da Saúde, José Serra, ao descrever a situação de municípios como Arraias, em Tocantins, que não tinham médicos; a matéria chega a dizer que "os cubanos são bem-vindos"; agora que Dilma Rousseff e Alexandre Padilha propõem socorrer as cidades sem médicos com profissionais cubanos, eles são chamados de escravos e de espiões comunistas por Veja

26 DE AGOSTO DE 2013 ÀS 14:21

247 – Numa reportagem publicada na edição número 1.620, de 20 de outubro de 1999, a revista Veja elogiou a vinda de médicos cubanos ao Brasil. "O milagre veio de Cuba", chega a colocar o texto, depois de descrever a precária situação do, na época, único hospital do município de Arraias, em Tocantins. A matéria explica o motivo pelo qual o hospital ficou fechado por quatro anos depois de ser inaugurado, em 1995: "Faltavam médicos que quisessem aventurar-se naquele fim de mundo". Foi quando a cidade "conseguiu importar cinco médicos da ilha de Fidel e, assim, abrir as portas do hospital".

Infelizmente, a situação de hoje não é muito diferente. O governo da presidente Dilma Rousseff, com Alexandre Padilha no ministério da Saúde, anunciou a contratação de quatro mil médicos cubanos para trabalhar em 701 municípios que não foram escolhidos por nenhum profissional inscrito no programa Mais Médicos. Diferente de quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso firmou o convênio com Cuba, no entanto, desta vez a revista cobriu o assunto escancarando seu preconceito. Chamou o que antes era "a tropa vestida de branco de Cuba" de "espiões comunistas". O colunista Reinaldo Azevedo os chamou de escravos.

Em outro trecho, a matéria diz: "os cubanos são bem-vindos", ressaltando, porém, que a contratação desses médicos era irregular, motivo que também é trazido à tona atualmente. Apesar dessa pequena crítica, o destaque do texto de 1999 fica para histórias de personagens cubanos que pretendiam melhorar de vida no Brasil e trabalhar com amor. Inexplicavelmente, agora, sob o governo petista, a posição da revista mudou completamente. Por quê?

Leia mais em Por que a importação de médicos cubanos vai inundar o Brasil com espiões comunistas

E artigo de Reinaldo Azevedo, que chama os médicos cubanos de "escravos de jaleco do Partido Comunista".

Abaixo, a reportagem de Veja de outubro de 1999:













VAMOS FICA PARADO VENDO O GOLPE CHEGAR ?

Você vai ficar parado assistindo o golpe prosperar?




Ao fim da noite de quinta-feira, recebo uma ligação surpreendente tanto pelo autor quanto pelo que disse. E quem disse – e o que disse – importa menos do que aquilo que a chamada me fez concluir: não dá mais para ficar só analisando e comentando o quadro político. Quem luta há uma década para ajudar a sustentar um projeto político-administrativo que melhorou tanto o Brasil não tem o direito de ficar só reclamando do golpe que busca interrompê-lo.

Este Blog se converteu em uma trincheira dos que discordam de uma Onda que engolfou o país e que tem produzido muito mais calor do que luz, se não apenas calor. E o signatário desta página, assim como outros poucos, aceitou, de bom grado, pagar o preço que as catarses impõem a quem se recusa a integrá-las. Tudo em prol do país.

Seria muito fácil todos os que divergimos cedermos, integrarmo-nos à Onda que pretende “mudar o Brasil” marchando pelas ruas “pacificamente” no começo e selvagemente ao fim sob o argumento de que os selvagens são “um pequeno grupo”, o qual, porém, pequeno ou não, é tolerado em praticamente todas essas manifestações, nas quais o desfecho violento já se tornou previsível, sendo poucas aquelas manifestações em que não irrompe.

Em um momento de catarse, com as massas hipnotizadas gritando slogans e exigindo qualquer coisa, e com hordas de soldados da Onda tratando de reprimir toda e qualquer discordância, valendo-se, para tanto, da difamação, do deboche e de insultos, a tentação de se omitir, de calar, de se acovardar, de renegar as próprias crenças é quase irresistível.

Eis porque, ao longo de dezenas de conversas que tive neste fatídico mês de junho, descobri que muitos dos que compartilham a opinião de que essas manifestações são orquestradas e têm fins políticos preferiram subir no muro ou, no limite, adotarem uma causa na qual não acreditam.

Dúzias e mais dúzias de analistas políticos e de cientistas sociais vêm tentando entender um processo que convulsiona o Brasil e que já cobra verdadeiras profissões de fé das pessoas, que têm que exaltar tal processo sob pena de serem excomungadas e banidas, tratadas como portadoras do que o fascismo sempre considera uma doença contagiosa: a discordância.

Na última noite, após aquela conversa telefônica dolorosa e indignante, fui dormir impressionado com uma teoria acadêmica que, posta em prática, incendiou um país continental, pôs as instituições de joelho, paralisou a economia e impôs a ela prejuízos imensos que logo serão conhecidos e, de quebra, matou e feriu pessoas, dividiu compatriotas, enfim, funcionou como uma Onda gigantesca, uma tsunami que varre tudo em seu caminho.

A Onda social é uma teoria acadêmica inspirada em fatos reais e que até virou filme. Die Welle (A Onda) é uma obra alemã. Foi filmada em 2008. O diretor Dennis Gansel inspirou-se no livro homônimo do escritor americano Todd Strasser sobre um experimento social conhecido como “Terceira Onda”. O filme foi um sucesso de bilheteria na Alemanha. Mais de 2 milhões de pessoas o assistiram.

O enredo é eloquente. Em uma escola secundária alemã, um professor tenta provar que o fenômeno nazista poderia se repetir – e o nazismo, como se sabe, começou com um movimento de massas que também pretendeu “mudar” a Alemanha e que, num primeiro momento, conseguiu erguê-la de uma situação social adversa, mas que degringolou para um dos maiores horrores que a humanidade conheceu.

Os alunos da escola do filme não acreditam que uma ditadura poderia ressurgir na Alemanha moderna, então o personagem Rainer Wenger, o professor daquela turma, propõe a ela realizarem um experimento que, em sua concepção, mostraria o quão fácil é manipular as massas.

O professor organiza o grupo de alunos em uma marcha que, executada com perfeita sincronia rítmica, faz com que todos se sintam parte de uma única entidade. Porém, uma aluna se mostra relutante. Reclama de que o experimento atenta contra a individualidade e questiona o objetivo, “a causa” e, por isso, é hostilizada pelos demais e tem que mudar de classe.

O grupo cria um símbolo, que é espalhado na forma de adesivos ou pichações por toda a cidade, uma analogia para o vandalismo em curso hoje no Brasil. No filme, um aluno chega a escalar o prédio da prefeitura para pichar um logo gigante na fachada. Além disso, o grupo faz reuniões em que só membros do movimento podem entrar.

Dali em diante, hostilizar os não-iniciados se torna uma prática incontrolável que, aos poucos, vai descambando para a violência física como a que se viu na manifestação do último dia 20 na avenida Paulista, quando grupos que não obedeceram aos ditames dos manifestantes de não usarem roupas vermelhas foram agredidos violentamente.

A Onda acaba interferindo até na relação do professor experimentalista com sua esposa, professora na mesma escola que ele. Ela percebe que o experimento foi longe demais. Inebriado com o sucesso daquele experimento, porém, o professor acusa a mulher de estar com inveja de seu sucesso e o casal acaba se separando.

Alunos que não se integraram à Onda vão deixando seus membros cada vez mais irritados ao pregarem que é preciso fazê-la parar. No caso desse filme, não havia camisas vermelhas proibidas, como aqui no Brasil, mas camisas brancas que se tornaram o uniforme obrigatório dos membros do movimento, e que os distinguiam dos não-iniciados.

No fim, o que importa é que os que se distinguem da massa catártica por ostentar ou não um símbolo acabam sendo hostilizados por ela. E, como na vida real (na manifestação supracitada), quem ostenta ou deixa de ostentar símbolos e, assim, destaca-se da massa, passa a ser agredido violentamente, seja com palavras ou com golpes.

Abaixo, para quem quiser assistir, a íntegra de Die Welle (A Onda), legendada. O filme tem uma hora e quarenta e dois minutos de duração. Sugiro que quem não assistiu, não perca. Mas, antes, peço que o leitor termine este texto, pois aqui se fará uma exortação a quem discorda e teme o processo convulsivo em que o país mergulhou.

Proponho, a partir daqui, que façamos um exercício de “especulação”. Inventemos, pois, uma situação hipotética. Digamos que um “cacique” de um partido de extrema esquerda e outro de centro-direita como Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL, e José Serra, do PSDB, unam-se contra um inimigo comum. Dois líderes políticos de visões absolutamente antagônicas, mas que simpatizam entre si, inclusive ideologicamente (?!).

O “exemplo” é bastante verossímil quando se sabe que um político que foi fundador do PT e candidato do PSOL à Presidência em 2010, como o ex-deputado Plínio de Arruda Sampaio, disse, no fim do ano passado, preferir José Serra (PSDB) a Fernando Haddad (PT) na corrida à Prefeitura de São Paulo.

Da união imaginária desses caciques, suponhamos que surgisse um plano. Apesar de Serra ser visto hoje como um ex-esquerdista que se tornou ultraconservador a ponto de se aliar a cristãos fundamentalistas em 2010 para tentar derrotar Dilma Rousseff, o tucano se une a um dito “socialista” como Plínio, que demonstrou que sua ideologia e a do tucano, inexplicavelmente, são compatíveis a ponto de um apoiar o outro.

O partido de Plínio, como se sabe, tem uma enorme ascendência sobre grupos da USP. Como em A Onda, essa influência sobre estudantes pode permitir a elaboração de um experimento social que acaba sendo posto em prática.

Por que estudantes? Porque é na escola que existe o terreno mais fértil para fomentar Ondas, pois, ao contrário de sindicatos e movimentos sociais, a escola reúne as pessoas diariamente, impondo a elas convivência cotidiana. Some-se a isso a influência de professores como o de A Onda, capazes de mobilizar os que tutelam intelectualmente – e, às vezes, muito mais a fundo.

Os próprios estudantes não se dão conta de uma armação política. Deixam-se emprenhar pelos ouvidos e passam a acreditar na “causa”. Estão, pois, de boa-fé. E é nesse espírito que o movimento deles cresce, ganha as ruas e leva consigo um grupo disposto a fazer a parte “suja” do trabalho, que é tornar as manifestações insuportáveis, com atos de vandalismo e violência, buscando a reação de uma polícia famosa pelo seu despreparo e por seu caráter violento.

A violência policial contra meninos e meninas desperta a solidariedade de toda uma nação, que, indignada, produz hordas de cidadãos sem qualquer consciência política, mas que decidem também ir às ruas embriagados pela beleza inerente a um movimento idealista da juventude.

Como em A Onda, muitos querem sentir-se parte de um movimento vitorioso. A covardia da classe política e o oportunismo de impérios de comunicação conservadores produzem a fórmula perfeita para criar no país um clima de Queda da Bastilha, com o “poder” sendo “tomado pelo povo”. Finalmente chegou a hora de “o povo” tomar o poder, pensam as massas.

Como no filme alemão, porém, “as massas” saem de controle. Já nem sabem o que querem. Querem estar nas ruas, intimidando os políticos, mostrando que quem manda são elas. Mas que “povo” é esse? A maioria? Como aferir isso com todos intimidados por ter se tornado politicamente incorreto divergir?

O pequeno experimento social fictício do filme A Onda se transformou numa catarse verdadeira. E gigantesca. Um país que vinha melhorando, de repente se tornou imprevisível. A economia que resistia à maior crise econômica internacional da história da humanidade já caminha para mergulhar em uma hecatombe.

Investidores se recolhem, a economia é paralisada e a incerteza se torna absoluta. Os efeitos das manifestações sobre a economia em breve serão sentidos. E dificilmente serão revertidos, pois os agentes econômicos mergulharam em um turbilhão de desconfiança.

O que fazer? Nós, cidadãos comuns, pouco podemos fazer além de nos organizar em grupos que, por certo, serão pequenos. Mas centros de inteligência e de discussão terão que ser montados. Haverá que atrair pessoas que discordam para se unirem, porque quanto mais sozinhas estiverem mais terão medo de assumir seus pontos de vista.

Este Blog foi o nascedouro de uma das primeiras tentativas de organizar uma reação ao avanço de impérios de comunicação que ora se beneficiam da catarse que se abateu sobre o país. Em 2007, a partir daqui foi fundado o Movimento dos Sem Mídia, que, para quem não conhece, pode ter sua história contada pelo Google.

O MSM promoveu a primeira manifestação contra um império de comunicação do pós redemocratização, em 15 de setembro de 2007, diante do jornal Folha de São Paulo. Dali em diante, além de outras manifestações – algumas reunindo centenas de pessoas – a ONG representou contra impérios de comunicação no Ministério Público sob responsabilidade exclusiva deste que escreve, que cedeu seu nome para desafiar esses grupos empresariais que tanto mal já fizeram ao país, sendo o maior de todos atirá-lo em duas décadas de ditadura militar.

Bem, é no MSM que proponho nos entrincheirarmos. Em um momento como este, porém, sei que não serão muitos os que acorrerão, mas, sejamos quantos sejamos, se formos mais de um já seremos muitos. Sejam 5, 10, 20 ou quantos mais que queiram se reunir para discutir estratégias de reação, já seremos muitos mais do que um só, isolado em sua divergência.

Se você não quer ficar assistindo passivamente o golpe ser dado – do que decorrerá a volta da direita ao poder, com tudo que se sabe que isso encerrará de prejuízo para uma nação que vinha promovendo justiça social como nunca antes na história, com a desigualdade caindo em ritmo inédito –, convido-o a deixar aqui seu comentário de adesão à ideia.

No comentário, peço que informe seu Estado e Cidade. O e-mail você tem que colocar para postar o comentário e, como sabe, não será divulgado. Através desse e-mail vou manter contato. Organizarei um novo diretório de e-mails e vou organizar uma reunião em auditório que já consegui de graça, no qual discutiremos estratégias para fazer a iniciativa crescer.

O signatário desta página tem ideias, os que aderirem poderão trazer outras. Contudo, a discussão não pode ser aberta na internet. A ligação telefônica à qual me referi me induziu a essa crença. A partir daqui o que se fará é mobilização para encontro presencial em ambiente fechado para que se possa planejar de forma reservada os cursos de ação, pois a situação no país fugiu à normalidade.

Neste momento, minha confiança está abalada. Não sei mais distinguir um comportamento do outro. Se você se sente assim e não sabe o que fazer, aguardo seu comentário de concordância. Neste primeiro momento, busco pessoas de São Paulo e adjacências para nos reunirmos. Mas quem for de outros Estados também pode ajudar.

A você que já é filiado ao Movimento dos Sem Mídia, chegou a hora de atuar. Aguardo seu comentário para incluí-lo no novo mailing que será formado, pois vivemos uma nova conjuntura na qual as ideias sofreram mutações incessantes. Assim, é preciso ver quem continua acreditando nas causas que sempre foram abraçadas neste espaço.

Por estar constituído como Organização Não Governamental e por já dispor de alguma estrutura física para reunião e discussão, o Movimento dos Sem Mídia pode ser o instrumento para que quem diverge do que está acontecendo pelo menos possa se agarrar a uma boia salva-vidas. O resgate, porém, já é outra história. Todavia, sem afundar pelo menos pode-se buscar uma fórmula de reagir.

O futuro do país conta com você, ou melhor, com nós. Que tal fazer alguma coisa, então? Agora é com você. Ou com nós.

Minha total solidariedade a Cláudio Puty. Estamos juntos.


Artimanhas de uma cassação política: toda solidariedade a Cláudio Puty

Pensem na seguinte situação:
1 - Alguém, no telefone, pede dinheiro em troca da liberacão de licenças ambientais.
2 - Essa pessoa cita seu nome.
3 - A conversa é interceptada pela Polícia Federal, que investigava denúncias de tráfico de influência.
4 - No relatório da Polícia Federal, você nem chega a ser denunciado; é apenas um nome, dentre dezenas de outros, inclusive de vários parlamentares.
5 - Mesmo assim resolvem denunciar você por corrupção ativa.
6 - Seu sigilo telefônico é quebrado, sua vida é revirada. Nada é encontrado. Nada liga você àquela pessoa que estava pedindo dinheiro.
7 - Mesmo assim, você é considerado culpado.
8 - Os parlamentares, igualmente apenas citados, como você, são inocentados. Mas você, só você, pelo fato de ter seu nome citado por um corrupto, você é considerado culpado.
É isso que acabou de acontecer com o deputado federal pelo PT do Pará Cláudio Puty. Ele vai entrar com um recurso junto ao Tribunal Superior Eleitoral e, ao mesmo tempo, vai solicitar uma medida cautelar, para aguardar o julgamento dos recursos no cargo. Mas, em se tratando da justiça paraense, quem sabe o que pode acontecer?
Em minha opinião, se a decisão for mantida, além de injusta, priva o Pará de um político atuante e competente. Cláudio Puty tem feito um trabalho brilhante no Congresso Federal. Já no primeiro mandato assumiu a relatoria da Comissão de Orçamento e Finanças, uma das duas mais importantes do Congresso. Destacou-se na CPI do Trabalho Escravo e, presentemente, é o vice-líder do Governo na Câmara Federal. Tornou-se um nome respeitado em Brasília e no PT nacional. É ouvido a respeito de todas as grandes questões amazônicas. Além disso, foi indicado, pelo site Congresso em Foco, como um dos parlamentares mais influentes do Congresso.
Há muito tempo o Pará não tem um parlamentar atuante e ao mesmo tempo respeitado, desse maneira.
O que acabamos de ver é, apenas, uma nova situação em que a justiça eleitoral do Pará age de acordo com interesses políticos.
Será que a sociedade paraense vai continuar aceitando que a política, no nosso estado, seja feita dessa maneira?
Toda minha solidaridade com o deputado Cláudio Puty. Sigamos nessa luta.

Blog do Puty: Nota Oficial.

Nota Oficial.
1. Hoje, 24.05, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará decidiu, por maioria,  cassar o mandato de deputado federal, outorgado a mim por mais de 120.000 paraenses;

2. Respeito a decisão judicial, todavia dela discordo, por ter sido tomada em franca contradição com as provas colhidas no processo e tão logo esta seja publicada, recorrerei ao  Tribunal Superior Eleitoral em Brasília;

3. A decisão foi baseada em um inquérito policial de 2010, no qual não fui indiciado pela Polícia Federal e não respondo a qualquer ação penal dele oriundo;

4. Nos autos do processo, hoje julgado pelo TRE, chega mesmo a constar declaração do delegado da PF que presidiu o inquérito, nos seguintes termos:
“ o advogado perguntou se em algum momento da investigação existe alguma conversa/mensagem interceptada onde o  investigado ou alguém em seu nome solicita  qualquer tipo de bem ou apoio político para aprovação de planos de manejo perante a SEMA. A TESTEMUNHA RESPONDEU QUE NÃO.”
5. Minha prestação de contas de campanha foi aprovada sem qualquer ressalva e nunca fui beneficiado com qualquer recurso decorrente de tráfico de influências junto à administração pública.

6. Continuarei a exercer meu mandato parlamentar até quando a Justiça permitir, na certeza de que minha inocência será plenamente esclarecida quando do Recurso perante o TSE.

Belém, 28 de maio de 2013

 CLAÚDIO ALBERTO CASTELO BRANCO PUTY
Deputado Federal do Pará

Blog da Ana Júlia: Puty é cassado por decisão política do TRE


Blog da Ana Júlia: Puty é cassado por decisão política do TRE:

Venho a público me solidarizar com o deputado federal, meu companheiro de partido e tendência, Cláudio Puty.

Numa decisão absurda do juízo eleitoral, Puty teve seu mandado cassado em um processo que se baseou em uma operação da Polícia federal, que investigava denúncias de tráfico de influência para liberar de licenças ambientais na secretaria de Meio Ambiente. Um dos investigados, em um ligação telefônica, teria citado o nome de Puty. O sigilo telefônico de Puty foi quebrado em nada foi encontrado que pudesse ligá-lo ao esquema.

Assim sendo, Puty não foi sequer denunciado como participante das fraudes. Ou seja, mesmo a Polícia Federal e o MP tendo inoncentado Puty das acusações, a justiça eleitoral o condenou.

E tem mais: outros parlamentares, também citados pelo investigado nas mesmas escutas telefônicas e também denunciados ao TRE, foram inocentados.

Essa é mais uma situação em que a justiça eleitoral deste estado age de acordo com interesses políticos. É inaceitável que este tipo de prática possa continuar existindo neste estado.

A assessoria jurídica de Puty já está entrando com recurso junto ao Tribunal Superior Eleitoral, onde pedirá uma medida cautelar para garantir que ele permaneça no cargo até que seja corrigida esta injustiça.

Em seu primeito mandato paarlamentar, Cláudio Puty tem se destacado no Câmara Federal, assumindo uma relatoria na Comissão de Finanças do Orçamento Federal e na CPI do Trabalho escravo, onde combateu duramente o latifúndio. Puty é atualmente o vice-líder do Governo na Cãmara e luta incansavelmente pelo nosso estado. Sua cassação significará uma perda irrecuperável para a bancada paraense e para o estado do Pará.

Aparentemente embriagado, na madrugada do Rio de Janeiro, senador e candidato a presidente Aécio Neves (PSDB-MG) é flagrado dando gorjeta a garçons. Assista ao vídeo



Postado em: 28 ago 2012 às 9:33

Aparentemente embriagado, na madrugada do Rio de Janeiro, senador e candidato a presidente Aécio Neves (PSDB-MG) é flagrado dando gorjeta a garçons. Assista ao vídeo

aécio bêbado vídeo rio janeiro
Vídeo do senador Aécio Neves aparentemente bêbado se espalha na web. Foto: reprodução
O vídeo abaixo causou furor ontem à noite nas redes sociais. A cambaleante figura que entra num bar do Rio de Janeiro e dá gorjeta aos garçons é Aécio Neves. As imagens não estão em boa resolução e também não se sabe ao certo a data do fato.
Até agora, a assessoria do senador não se pronunciou sobre a cena constrangedora. A mídia privada, que adora ridicularizar políticos, também não falou nada sobre o caso. Imaginem se fosse um político “inimigo”?

Anselmo Gois e Brasil-247


O jornalista Anselmo Gois, em seu blog hospedado no jornal O Globo, apenas registrou ontem à tarde que “Aécio Neves participou, na madrugada de sexta para sábado, no Cervantes, comitê central da boemia em Copacabana, de uma celebração do PC – Partido… do Chope. Rodeado de amigos, simpático, o senador tucano, segundo testemunhas, por volta de 4h da manhã, socializou sua renda – deu uma nota de R$ 100 para cada um dos dois camaradas garçons que o serviram”.

Leia mais

Já o sítio Brasil-247 não vacila em garantir que a estrela do vídeo é mesmo o presidenciável do PSDB. “É melhor a oposição começar a buscar outros candidatos, se estiver mesmo disposta a se apresentar como um eventual polo de poder no Brasil. Ontem, circularam na internet imagens do senador mineiro Aécio Neves embriagado na madrugada do Rio de Janeiro. Aécio, trocando os passos, dirige-se aos garçons do bar Cervantes, point de fim de noite em Copacabana, com a barriga à mostra, e distribui gordas gorjetas. O vídeo chegou a ser retirado do ar, mas depois voltou a ser postado”. Assista ao vídeo abaixo.

O “fogo amigo” no ninho tucano

É certo que ninguém tem nada a ver com as festanças de Aécio Neves, que até faz marketing da sua vida boemia. Desta vez, ao menos, o senador mineiro não estava dirigindo embriagado e nem se recusou a usar o bafômetro, como ocorreu no ano passado, quando foi barrado pela polícia do Rio de Janeiro. Neste caso, ele não colocou em risco a vida de ninguém nem abusou da sua “autoridade”. Mas é certo também o vídeo que circula nas redes sociais deverá abalar ainda mais a sua cambaleante candidatura à presidente em 2014.
No conflagrado ninho tucano, a cena alimentará ainda mais o “fogo amigo”. José Serra, que nunca desistiu do seu sonho presidencial e é famoso pelo jogo sujo, deve ter dado risadas na sua madrugada do notívago. Já o governador Geraldo Alckmin, que recentemente também colocou seu nome à disposição do PSDB, ganha mais alguns pontos na encarniçada disputa interna. O senador mineiro, que já era visto como um político fraco, imaturo, e não contava com a simpatia da seção paulista do partido, deve estar de ressaca!

O tombo do projeto “Aécio 2014″

Nos últimos dias, Aécio Neves até se esforçou para fazer decolar a sua candidatura. Deu a largada na sua campanha num jantar promovido pelas madames do “Cansei”, em Curitiba. Ele também jantou no Rio de Janeiro com três economistas neoliberais do governo FHC: Pedro Malan, ex-ministro da Fazenda, Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, e Edmar Bacha, ex-secretário de Política Econômica. O jantar visou “construir a agenda com a qual o pré-candidato tucano rodará o país”, informou a Folha tucana.
Ciceroneado por FHC, o senador ainda participou na semana passada, em São Paulo, de conversas com os banqueiros Lázaro Brandão e Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco, e Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles, do Itaú-Unibanco, segundo a coluna Radar, da Veja. Também esteve com os empresários Joesley Batista, do JBS Friboi, e Paulo Skaf, da Fiesp. Conforme a mídia demotucana, o presidenciável do PSDB estava bem animado com o projeto “Aécio 2014”. Mas será que a sua cambaleante candidatura vai ving

MAndato da Vereadora SAndra Batista.


 

Vereadora Sandra Batista apresenta projeto de lei para implantação do “Programa Medico nas Creches” 
“  E há de se cuidar do Broto, para que a Vida nós dê flor e fruto”

Milton Nascimento


O Projeto de Lei visa implantar no município de Belém o programa que mantém um profissional da Medicina especializada em Pediatria, Uma Enfermeira e Uma técnica para prestar assistência nas Unidades de Educação Infantil.




O programa é voltado especificamente para atendimentos nas creches (rede municipal). Trata-se de um sistema de prevenção de doenças infantis por meio de acompanhamento médico, com diversos serviços, tais como: avaliação nutricional, atualização de vacinas, realização de campanhas preventivas, orientações, entre outros.

Com a visita da equipe médica nas creches muitas orientações  importantes poderão ser passadas aos monitores que posteriormente podem repassar as informações aos pais evitando assim o desenvolvimento de muitas doenças.

Esse programa trará outros benefícios, como por exemplo, a checagem se a carteira de vacinação das crianças está em dia e sem atraso de vacinas.

Outra questão importante é sobre a avaliação nutricional das crianças. Esse serviço dará muitas orientações importantes aos monitores e pais que poderão acompanhar com mais conhecimento a alimentação saudável e mais adequada às crianças.


Vamos lutar para aprovação deste projeto, pois entendemos que é na infância que podemos combater as mais diversas síndromes e doenças seja no âmbito genético ou natural, fortalecendo a prevenção e acompanhando o processo de crescimento. Tenho a convicção que nossas crianças crescerão com mais força e saudável.
“ 

Gisely Mendes a estrela do Murinin

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