O Psol (quem diria?) abriu caminhos para alianças. Com perspectiva de eleger prefeitos em Belém, Macapá e Rio de Janeiro, o partido, que nasceu radical, resolveu dar uma flexibilizada. No III Congresso, realizado nos dias 3 e 4 de dezembro, decidiu se abrir para política de alianças, as quais deverão ser submetidas, caso por caso, à direção nacional. O congresso elegeu como novo presidente o deputado federal (SP) Ivan Valente, ligado à tendência APS (Ação Popular Socialista), que hoje tem maioria no partido e é considerada a direita pelos radicais psolistas. Um fato que chamou atenção foi a ausência da ex-senadora e hoje vereadora Heloisa Helena, considerada a grande liderança nacional do Psol quando da sua fundação, já tendo sido inclusive sua candidata à Presidência da República. Depois que a APS assumiu as rédeas da agremiação, ela vem se afastando dos núcleos de decisão, havendo boatos de que caminha para se aliar a Marina Silva na formação de um novo partido.
Alguns grupos radicais prometem fazer barulho contra essa guinada à direita, como avaliam algumas organizações esquerdistas sobre a política de aliança adotada pela APS e Cia Leia mais... O que está deixando os radicais à beira de uma crise de nervos é o Psol se aproximar do PT já nas eleições de 2012 (vale recordar que o PT é tido até o momento como uma espécie de inimigo público numero um dos psolistas). Mas como em Macapá foi aprovada aliança com o PTB, e no Rio com o PV do neotucanoverde Gabeira, a aliança com o PT deixa de ser um cruzamento com o diabo e pode se tornar apenas um remédio amargo, mas necessário, no caso do deputado Edmilson Rodrigues ir para o segundo turno nas eleições para a prefeitura de Belém, contra um tucano, ou contra Jordy do PPS. Quem viver verá.
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